Trabalhadores humanitários americanos ficam feridos em ataque em Gaza

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Dois trabalhadores humanitários norte-americanos foram feridos na manhã deste sábado durante um ataque enquanto realizavam a entrega de alimentos no sul da Faixa de Gaza. O incidente ocorreu em Khan Younis, uma das áreas mais afetadas pela crise humanitária provocada pelo conflito entre Israel e o grupo Hamas.

Dois trabalhadores humanitários americanos ficam feridos em ataque durante distribuição de ajuda em Gaza

As vítimas são membros da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), uma organização não governamental que atua na região oferecendo alimentos, atendimento médico e suporte a civis. Segundo nota divulgada pela fundação, os dois são veteranos condecorados das Forças Armadas dos Estados Unidos e foram atingidos por granadas lançadas contra o ponto de distribuição, pouco após a entrega de suprimentos para centenas de famílias.

“Foi um ataque covarde contra civis e voluntários que arriscam suas vidas para salvar outras”, disse o diretor da GHF em pronunciamento.

Os dois humanitários foram encaminhados ao Hospital Nasser, que atualmente funciona como o principal centro de trauma na região. Fontes médicas confirmaram que eles sofreram ferimentos moderados, mas estão fora de perigo.

Escalada da violência

O ataque aconteceu em meio à intensificação da ofensiva militar israelense na região. Nas últimas 24 horas, mais de 70 palestinos teriam sido mortos em diferentes localidades de Gaza, sendo 23 deles nas proximidades de pontos de ajuda humanitária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou a situação crítica do sistema de saúde local, alertando que o Hospital Nasser está operando no limite, com escassez de medicamentos e equipes sobrecarregadas.

Acusações e repercussões

A Gaza Humanitarian Foundation culpou o Hamas pelo ataque, acusando o grupo de colocar civis e trabalhadores humanitários em risco. O Exército de Israel, por sua vez, não assumiu responsabilidade direta, mas reiterou que milícias armadas continuam operando próximas a áreas civis, dificultando operações de ajuda.

O governo dos Estados Unidos condenou o ataque. Em comunicado, o Departamento de Estado afirmou que acompanha o caso de perto e exigiu garantias de segurança para seus cidadãos e demais voluntários no território palestino.

Cessar-fogo ainda em negociação

Enquanto isso, seguem as tentativas de mediação para um cessar-fogo de 60 dias, lideradas por Estados Unidos, Egito e Qatar. Fontes próximas às negociações afirmaram que o Hamas deu um “retorno positivo” à proposta, mas detalhes sobre a trégua ainda não foram divulgados.

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