Independência do Brasil: do Grito do Ipiranga à construção de uma nação

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No dia 7 de setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, Dom Pedro de Alcântara — o então príncipe regente — proclamou a Independência do Brasil, rompendo oficialmente os laços coloniais com Portugal. O ato, conhecido como “Grito do Ipiranga”, marcou o início de uma nova fase da história brasileira.

Contexto histórico

Desde o início do século XIX, o Brasil vivia tensões políticas e econômicas. A vinda da família real portuguesa em 1808, fugindo das tropas napoleônicas, havia transformado o Rio de Janeiro em sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Isso trouxe avanços, como a abertura dos portos às nações amigas, mas também despertou o desejo de autonomia entre os brasileiros.

Com a Revolução Liberal do Porto, em 1820, Portugal tentou recolonizar o Brasil, exigindo o retorno de Dom Pedro a Lisboa e limitando sua autoridade. A resistência das elites locais e a pressão popular resultaram na famosa decisão do príncipe regente em janeiro de 1822: “Fico”, quando recusou voltar a Portugal.

O 7 de setembro

Durante uma viagem por São Paulo, Dom Pedro recebeu novas ordens das Cortes portuguesas, reforçando restrições à sua autoridade. Irritado e pressionado pelos conselheiros e pelo movimento de independência, declarou:

“Independência ou Morte!”.

Assim, o Brasil deixou de ser colônia e passou a ser um império, com Dom Pedro coroado como imperador Dom Pedro I em 1º de dezembro de 1822.

Consequências

  • O Brasil se tornou monarquia constitucional, sendo o único país da América Latina a adotar esse regime após a independência.
  • Houve resistência em algumas províncias, principalmente no Norte e Nordeste, o que levou a conflitos armados até 1824.
  • Portugal só reconheceu oficialmente a independência em 1825, após negociações mediadas pela Inglaterra.

Legado

A independência representou o primeiro passo para a construção do Brasil como nação soberana. Porém, não trouxe mudanças imediatas para a maior parte da população: a escravidão continuou, e o poder político permaneceu concentrado nas elites agrárias.

Ainda assim, o 7 de setembro é celebrado como um marco da identidade nacional e símbolo da luta pela liberdade.

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