São Paulo vive uma grave crise de saúde pública após o registro de mortes e dezenas de internações causadas pelo consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, um produto químico altamente tóxico e proibido para uso em bebidas.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, dez pessoas morreram e mais de cinquenta permanecem hospitalizadas, muitas em estado grave.
As ocorrências começaram a ser registradas no último fim de semana, em diferentes regiões da capital e do interior. As vítimas relataram ter consumido cachaças artesanais e caipirinhas vendidas em bares, festas e pequenos comércios.
Investigação aponta falsificação e rede clandestina
A Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação para identificar a origem das bebidas. Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), há indícios de que um grupo criminoso esteja por trás da produção e distribuição do álcool adulterado, com atuação também em outros estados.
Laboratórios confirmaram que as amostras coletadas continham altas concentrações de metanol, substância usada em combustíveis e solventes industriais. O composto é letal mesmo em pequenas quantidades e pode causar cegueira, falência múltipla de órgãos e morte.
Ações emergenciais
Equipes da Vigilância Sanitária e da Procon-SP iniciaram uma força-tarefa para retirar produtos suspeitos de circulação. Até o momento, mais de 40 estabelecimentos foram autuados, e dezenas de garrafas sem rótulo foram apreendidas.
O governo paulista emitiu uma nota pedindo que a população evite o consumo de bebidas sem rótulo, com lacres violados ou de origem desconhecida. Bares e restaurantes também estão sendo orientados a comprovar a procedência de todos os produtos comercializados.
Risco e sintomas
O metanol é absorvido rapidamente pelo organismo e causa sintomas que incluem dor de cabeça, tontura, náusea, visão turva, convulsões e parada respiratória.
Especialistas alertam que a ingestão pode ser fatal, e o atendimento médico deve ser imediato em casos suspeitos.
Repercussão e impactos
O episódio gerou grande preocupação no setor de bares e restaurantes, que já registra queda nas vendas de bebidas alcoólicas.
Entidades do comércio pedem reforço na fiscalização e campanhas educativas para evitar novas tragédias.
A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso é tratado como crime contra a saúde pública e falsificação de produtos, e os responsáveis podem pegar até 15 anos de prisão.
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